domingo, 9 de janeiro de 2011

Marte

força altiva do sangue
que se esvai e colore a toalha branca
que pertuba a ordem do arrumado
está vivo!
caminha fazendo um símbolo
como se quisesse falar
como se soube por onde ir
plaquetas hemácias e brancos
os pais gostam de nomes estranhos...
cortem as cabeças!
e as uvas das videiras
a mesa está posta e o jantar pronto
que o convidado entre!

Colcha de retalhos

overdose dos remédios
e das doenças crônicas
só assim desisto de ter tanto tempo pra obececar
alucinações que me partam o peito
dessas tão faladas nos folhetins
atração de circo
o menino de sete dedos
ele consegue viver apenas com um lado do crânio!
Imperdível!
seu amor em quatro dias!
vale transporte
farelo de pão
as ondas vão e vem nesse mar
que volta e se confunde entre o vermelho e o morto
entre o azul claro e o cinza escuro
entre as doses homeopáticas de pop culture
cercada por todos os lados
um punhado de terra
terra que nasces e morres
sopro