as notícias triste fazem rirexames que tornam a reviver o Coliseu
o que fez ficar tudo tão estranho e insuportável
eu te pergunto
nada realmente faz sentido quando volta a ser normal
ninguém gosta de se acostumar, uma boa teoria a ser refutada esta tua
o hábito é o nosso mal, como diria o francês
e o bico que se faz segurando o choro pra que ninguém na plateia ria tão alto
que desperte de que nada deveria chegar a tanto
todos os dias acordo e faço as mesmas coisas
as vezes com a chateação de que poderia repetir tudo um pouco mais cedo
ou que talvez ninguém se importe por estar tão quieta, só respirando
os programas talvez ajudem em alguma coisa
conversar enquanto o pedido não vem
ou quando todos estão por muito tempo calados
ou pra me calar de vez
quem realmente se importa com eles
com aquelas vidas ali
a roda que se faz em volta do corpo estendido
volta a ser fila depois de tudo
dá pra se lembrar de tudo
de como se conheceram
de como se olhavam e não queriam parar de se olharem
a força pra não ri e se entregar
escutar a voz
sentir o corpo
repetir frases de amor
prometer o impossível
perceber tiques
todos os dias do mesmo lado da cama
panela destampada
cheiro de mijo
um canto para se juntar o que quiser
e depois
uma avalanche de 'verdades'
uma casa vazia
uma barriga esticando como se fosse de elástico
uma vingança em rede nacional
é teu
é teu desgraçado
e quem lembra disso
só os que ainda ficar ao redor dela e dele
os que são vizinhos
nem a retrospectiva pauta.