domingo, 6 de fevereiro de 2011

Sem fiapo

estando bem distante
com fogo suficiente pra anos
desperdiço sete oitavos da preservação
tudo é tão familiar
ruas passam em minhas pernas
muros e placas me empurram à frente
tudo o que espero é um chamado
reconhecimento, passo por ti a anos
noto quando te cortam a raiz
queria uma dança
algo que talvez te traga pra perto devagar e demorado
sem soar estranho
um "hold your hand"
tão natural quanto o neon
eu máquina de gelo seco
esperando que puxem o fio
que me estanque a caminhada
reparando e medindo como um comerciante a distância
esperando o fim do plano do charme
para o plano do ceder
sequência...
silêncio...
explosão...
fogos de artifícios
maçãs

Um comentário:

Daiane Cristina disse...

to trabalhando, andando pela federal e vivendo, ou melhor sobrevivendo....


muito bom esse texto.