domingo, 27 de março de 2011

Prateleira

e o momento seja este do chamado
olhar pelo lado não tido
me ignorara tanto e parece ter dentro os segredos de tudo
esse calar eterno talvez fosse necessário
abobalhado diante da oportunidade
a vontade tamanha que se autosabota
covardia das grandes
medo de ser descoberto
de formarem uma roda e começarem a rir
em big closeup com indicadores a postos
joelhos sujos
é a lua que brilha intensa pra mim
e que eu tento alcançar
num sonho o vento levava até o alto
minhas mãos brilhavam
e dissolviam quando eu pegava nela
ela me fez sumir e o que sobrava era meus sapatos no formato de fruta
caídos num mar cor de laranja
e a lua seria maior comigo dentro e quando o tempo passava eu encolhia até que ela minguasse
não existem mais regras e os sonhos estam perdidos
tudo gira e vai sem tocar
a distância é tamanha
é quem tá de blusa cinza com o desenho de lua
pequeno passo para o homem, grande para a humanidade
a fusão causaria o segundo big bang
mas primeiro as aulas
um pouco de teoria e velhice
empoeradas pela falta de luz

Um comentário:

Sol disse...

Palmas pro texto, A...
Tah maravilhoso. Me vi em casa frase aí. Vc nasceu pra escrever. Sempre te disse isso.

Meu abraço, querida!