sábado, 30 de janeiro de 2010

Concertos

me ensine algum segredo alfabético
me ensine algo que eu esqueça antes que pares de falar
quero continuar errando por toda noite
não sei fumar
não sei tragar
engolir a fumaça e soltar pelo nariz
cair da cadeira seria um bom começo
incitaria algo nestes gélidos rostos
a madrugada vem e com ela seus zumbis
querendo sangue
querendo carne
irracionalmente
sem papo cabeça.
sem citação filosófica
faça com que todos corram
que gritem
e agarram a cintura e sinto um leve sufocar
o pescoço vira prato de entrada
essa marca vai durar dias...
e como em todo clichê que se respeite sendo eternamente repetido
acham o antídoto
vem o sol
e todos conseguem sair
alcaçam a calçada vivos
veem a cidade devastada, suja e vazia
os mocinhos no meio da rua
passando no sinal vermelho
querendo ir pra casa o mais rápido possível.

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