terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Me contaram

por favor sem comentários
foi ridículo eu sei
se importam de fazer isso sem minha presença

noite sem muito pra esperar
acabou o vinho
e de repente o desespero
vem a ponto de uma loucura
perdemos o último ônibus
a passagem mais barata para uma noite segura
a sede aumenta e quase estamos nos afogando

propício...
pode ser
não, não pode! vai já pra lá
covarde
conversas, histórias lendárias, letras musicais, risos constantes
distraem bem
mas não esqueci
me faço de atenta

encenação vagabunda esta minha
deve ser as luzes
malditas sejam
é como se eu já soubesse que ia acontecer
nunca acreditei em previsões
não irei me render agora
já perdi demais

e como a incredulidade é mais prática e factual
o inesperado não acontece
estamos todos aqui
embriagados e sonolentos
esperando tudo clarear

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